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Apostasia

Atualizado: 12 de out. de 2021

Não temos força nem autoridade para impedir a apostasia, como afirma o bispo Inácio: "Não tente detê-la com a sua mão fraca..."

— Mas o que então devemos fazer? — "Evita-a, protege-te dela, e isso te basta. Conheça o espírito dos tempos, estude-o para que possa evitar a sua influência sempre que possível." É o que nos ensina o mesmo bispo Inácio.


E suas palavras, escritas há mais de cem anos e tão obviamente relacionadas ao nosso tempo, exalam uma inspiração profética, genuína e uma iluminação indubitável do alto: "A julgar pelo espírito da época e o fermento intelectual, deve-se supor que a estrutura da Igreja, que há muito tempo tem vacilado, irá ruir de forma terrível e rápida. Não há ninguém que pare ou se oponha a isso. Os meios adotados para apoiá-la são emprestados dos elementos do mundo, que são hostis à Igreja e apressarão sua queda em vez de impedi-la. Que o Senhor misericordioso defenda o remanescente daqueles que acreditam nEle. Mas este remanescente é minúsculo e se torna cada vez mais."


Assim, evidentemente, vivemos para ver este "colapso terrível e rápido da estrutura da Igreja"! O inimigo da raça humana está empregando todos os seus esforços e todos os seus meios para derrubá-la, e ele é amplamente apoiado por apóstatas conhecidos e ocultos da verdadeira fé e da Igreja, incluindo mesmo aqueles que traíra, suas altas vocações e juramentos, como clérigos e até mesmo hierarcas que dirigem determinadas igrejas individualmente.

Na verdade, estamos passando por um momento terrível, um momento como nunca antes visto na história do cristianismo, na história da humanidade! Um tempo de instabilidade quase total!


E na medida em que desejamos permanecer fiéis à verdadeira Ortodoxia, muitas obrigações nos são impostas. Devemos, como nos instrui o bispo Inácio, evitar e nos protegermos da apostasia que está crescendo tão rapidamente no mundo. Devemos nos defender contra o espírito corruptor dos tempos para evitar sua influência. E para isso devemos, antes de tudo, entender e jamais esquecer — que atualmente nem tudo que leva o nome mais sagrado e querido da Ortodoxia é realmente Ortodoxia.


Agora existe também a pseudo-ortodoxia, que devemos temer e da qual devemos fugir como do fogo; que a verdadeira Ortodoxia é apenas aquela que não aceita e não permite que em nada, seja no ensino ou nas práticas da Igreja, qualquer tipo de inovações contrárias à Palavra de Deus e aos decretos da Igreja Universal; que a verdadeira Ortodoxia não abençoa e não se entrega à cultura moderna — a moralidade e os costumes da modernidade, de um mundo corrupto, que, mais ainda do que nos tempos apostólicos, repousa no mal, pois é um mundo que abandonou Deus; que a verdadeira ortodoxia considera apenas agradar a Deus e salvar almas, não é afeita a planejamentos passageiros de bem-estar, de felicidade passageira, de carreira, vantagens e bens terrenos; que a verdadeira Ortodoxia é espiritual, não natural e carnal, não apegada aos sentimentos e experiências terrenas.


— Arcebispo Averky de Siracusa


A Ortodoxia não se preocupa com proselitismos, não está interessada em "ser relevante" para o mundo atual ou "se adaptar à cultura moderna".

Não está preocupada em fazer mega reuniões com shows pirotécnicos ou mesmo atrair multidões para as igrejas a custo da verdade, pois as Escrituras e os Santos Padres já falavam que chegaria um tempo em que a Igreja reduziria a um punhado de fiéis — os remanescentes — pois a apostasia dominaria os corações e muitos seguiriam um falso cristianismo. Com rótulo cristão, mas anticristão em sua essência.

Não busque na Ortodoxia somente uma experiência religiosa ou estética, mas sim a Verdade.





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